QUEM FORAM OS MAORIS
A Palavra Maori significa “Normal” era a palavra utilizada
para distinguir os mortais de divindades e espíritos, se eu pudesse definir o
que seria o povo Maori diria que foi o povo mais animista de toda a Oceania,
precisamente Nova Zelândia, terra essa onde viviam os Nativos Maori e onde
vivem seus ...
descendentes.
descendentes.
Foi Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores
estudos na zona da Oceania, ele definiu o povo Maori da seguinte maneira: “Aqui
a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao
sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu
controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de
improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança
perdida.”
Por Herbert Matos
Assim as tatuagens começam a se entrelaçar com a historia
desse povo, na ótica que dentro dessa cultura os Tohunga (Tatuadores) eram
vistos como sacerdotes que tinham o poder de sarar o individuo, como doutores
prescreviam a receita para a cura dos males, no caso a cura do espírito e da
alma, as tatuagens para esse povo tinha o poder de curar e de precaver do que
poderia vir, de proteger, a afastar, de atrair, reverenciar, saudar e de
lembrar, era seu amuleto de sorte seu Patuá nas muitas batalhas de um povo
genuinamente guerreiro, talvez na tatuagem é que podemos conotar a forma mais
expressiva de magia utilizadas pelos Maoris e relatada pelo estudioso Sir James
G. Fraser.
O animismo tem duas notas peculiares: o particularismo e o cerimonialismo.
Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada
um dos elementos sobre os quais se deseja atuar e, ao considerar a sua
personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar
o espírito em questão daí a maneira que os elementos dos desenhos empregados na
tatuagem Maori atuavam. Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas
desenvolve a cerimônia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a
sua intenção no caso aqui abordamos o Tohunga ou “Tatuador”.
Neste caso, resulta claro que não há necessidade de
mediador, de sacerdote, porque as regras se vão criando segundo aparece a
necessidade correspondente. O espírito da coisa, do animal, ou do fenômeno em
questão, é uma alma concreta e o praticante também o é; portanto, a cerimônia
animista é uma conversa, um contato pessoal entre o espírito e o demandante,
que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu com seus ancestrais ou
que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião
concreta e a receita formas a serem utilizadas para cura de seus problemas.
Se transpuséssemos esse feito na contemporaneidade diria que
é aquela pessoa que chega e me diz vi esse desenho (elementos) e me
identifiquei com ele, ele conta exatamente o que gostaria de expressar e
perpetuar, relata o que é importante na vida dessa pessoa, demonstra seus
valores e subconscientemente ela esta praticando uma forma de animismo quando
da utilização dessa simbologia que é totalmente voltada as causas Animistas.
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