Páginas

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tattoo #31 + História Maori

QUEM FORAM OS MAORIS

A Palavra Maori significa “Normal” era a palavra utilizada para distinguir os mortais de divindades e espíritos, se eu pudesse definir o que seria o povo Maori diria que foi o povo mais animista de toda a Oceania, precisamente Nova Zelândia, terra essa onde viviam os Nativos Maori e onde vivem seus ...
descendentes.
Foi Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores estudos na zona da Oceania, ele definiu o povo Maori da seguinte maneira: “Aqui a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança perdida.”

Por Herbert Matos


Assim as tatuagens começam a se entrelaçar com a historia desse povo, na ótica que dentro dessa cultura os Tohunga (Tatuadores) eram vistos como sacerdotes que tinham o poder de sarar o individuo, como doutores prescreviam a receita para a cura dos males, no caso a cura do espírito e da alma, as tatuagens para esse povo tinha o poder de curar e de precaver do que poderia vir, de proteger, a afastar, de atrair, reverenciar, saudar e de lembrar, era seu amuleto de sorte seu Patuá nas muitas batalhas de um povo genuinamente guerreiro, talvez na tatuagem é que podemos conotar a forma mais expressiva de magia utilizadas pelos Maoris e relatada pelo estudioso Sir James G. Fraser.

O animismo tem duas notas peculiares: o particularismo e o cerimonialismo. Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada um dos elementos sobre os quais se deseja atuar e, ao considerar a sua personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar o espírito em questão daí a maneira que os elementos dos desenhos empregados na tatuagem Maori atuavam. Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas desenvolve a cerimônia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a sua intenção no caso aqui abordamos o Tohunga ou “Tatuador”.

Neste caso, resulta claro que não há necessidade de mediador, de sacerdote, porque as regras se vão criando segundo aparece a necessidade correspondente. O espírito da coisa, do animal, ou do fenômeno em questão, é uma alma concreta e o praticante também o é; portanto, a cerimônia animista é uma conversa, um contato pessoal entre o espírito e o demandante, que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu com seus ancestrais ou que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião concreta e a receita formas a serem utilizadas para cura de seus problemas.

Se transpuséssemos esse feito na contemporaneidade diria que é aquela pessoa que chega e me diz vi esse desenho (elementos) e me identifiquei com ele, ele conta exatamente o que gostaria de expressar e perpetuar, relata o que é importante na vida dessa pessoa, demonstra seus valores e subconscientemente ela esta praticando uma forma de animismo quando da utilização dessa simbologia que é totalmente voltada as causas Animistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário